Cientistas criam adesivo que regenera feridas e pode evitar amputações em diabéticos

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 16 milhões de brasileiros adultos tem diabetes, no qual 72 mil morrem por ano por complicações da doença.

Além disso, muitos dos diabéticos nem sabem que tem o problema que, se não for controlado, pode levar a complicações clínicas graves, como AVC, infarto, cegueira e amputação de membros, por exemplo.

Uma pessoa diabética deve ter muitos cuidados e atenção com a pele, em especial extremidades, pois pode ocorrer diminuição da sensibilidade e redução de regeneração de tecidos em qualquer tipo de ferida.

Quando a sensibilidade diminui, um diabético pode se queimar, ter pequenas feridas nos pés sem perceber e essas pequenas lesões podem se tornar grave, chegando até a doença conhecida como ‘pé diabético’ que dependendo da gravidade, devem ser amputados.

Cientistas da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) desenvolveram um adesivo capaz de regenerar a pele de diabéticos em menos de um mês e, consequentemente, poderia evitar chegar ao extremo de amputação.

Geralmente, dependendo dos controles, uma úlcera diabética demora em torno de 90 dias para cicatrizar. De acordo com Concepción Peña Juárez, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo, o tratamento com o adesivo desenvolvido reduz o tempo de regeneração da pele de pacientes com diabetes para apenas 21 dias.

O adesivo é feito de nanofibras que contêm micropartículas de substâncias bioativas que ao serem colocados sobre as úlceras diabéticas são incorporados à ferida para ativar suas substâncias.

Como todo processo burocrático, os pesquisadores estão aguardando a liberação de patente para início na produção e distribuição do adesivo: “Já temos um pedido de patente e queremos dimensionar o projeto para torná-lo concreto e poder distribuir esse produto nacional e até internacionalmente”, disse Peña Juárez.

Um avanço importante para o tratamento de úlceras em diabéticos, evitando amputações!

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